17 de setembro de 2009

RUGAS
Ana Barreto



Em cada sulco na tua pele tão gravado
Existem traços de uma vida que viveu
São tantas marcas, digitais do teu “eu”
Contam histórias e os casos já passados

A tua infância em um tempo malogrado
Num resquício, a bela moça que sonhou
Histórias saudosas de alguém a quem amou
Algum desejo por muito tempo acalantado

Teus traços dizem do que a ti foi ofertado
De cada alegria e cada dor por que passou
Coisas que, na tua pele, o destino desenhou

E num momento, em um canto bem guardado
Nas tuas lágrimas ou teus sorrisos revelados
Retratam ao mundo o que a vida te causou...

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