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ESTRELA DALVA
Mãe
Quantas coisas na vida busquei
Mas nela jamais encontrei
As respostas que me davas
Agora, volto ao passado
Ao meu tempo de menina
Em que por doce e linda sina
Lá também eu te encontrava
Lembro-me mãe
Da tua presença sempre forte
A indicar-me o sul ou norte
A estender-me a tua mão
E se meu corpo padecia
Em doença ou agonia
Era a tua companhia
Que a mim apaziguava
E hoje minha mãe querida
Por mãe também que sou
Enxergo então o ardor
Com que sempre me cuidavas
E me vem então o desejo
De pedir-te por perdão
Pelas vezes que não te ouvi
E segui meu coração
Colhendo frutos amargos
Das tuas palavras repetidas
Que tantas vezes nessa vida
Foram-me luz na escuridão!