26 de fevereiro de 2008


EIS-ME AQUI – Ana Barreto

Eis-me aqui
Entregue sem pudores
Aos mil e tantos amores
Que desfruto com você

Eis-me aqui
Supostamente tua
Vagando a ermo pela rua
Na vã busca de te ver

Eis-me aqui
Nessa doce e terna espera
Tecendo sonhos e quimeras
De tudo aquilo que não posso ter

Eis-me aqui
Uma mulher em sua essência
Que nega a contundente evidencia
Do amor que não pôde fazer...

Um comentário:

Isaías Gresmés disse...

Que lindo poema. Descreve uma mulher sendenta por amor, mas pela pureza do amor. Adorei o ritmo, a cadência, enfim, a essência do poema.