6 de outubro de 2009


ACORDO MUDO
Ana Barreto

Digo-lhe, amor, não sou mais a mesma mulher
Prantearam-se, vazios, os meus momentos
Transmutaram-se, exaustos, meus sentimentos
Aprendi da vida, de frente, assim como ela é...

Agora, sorverei tudo quanto ela me der
Me embriagarei de meus loucos pensamentos
Rirei de escárnio, dos meus toscos tormentos
Serei assim, enquanto assim eu me quiser

E quando me curar da minha embriaguês
Assim que me voltar a velha lucidez
Rirei meus risos, farei amor com a sorte

Então, no que me reste da vida, em prazer
Serei intensa em tudo que me acontecer
Até o dia em que me abrace a morte...

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