26 de novembro de 2009
ROMPENDO ELOS
21 de novembro de 2009
Os antigos amores vem e se vão
Antigos amores nos relegam à solidão
6 de outubro de 2009
Tentando partir o último elo resistente
Tentando matar do amor essa semente
E te acenar nos lenços, em ondas brancas
Nem sei meu amor, porque te espantas
Ao ler minha palavra assim, tão contundente
Amargos frutos de meu coração carente
São os vestígios de lembranças tantas
Sem desespero, abraço ou despedida
Ouve as verdades que a ti deponho
Pois antes que qualquer dor seja sentida
Esconderei a minha lágrima contida
E fugirei pra morar dentro do teu sonho...
17 de setembro de 2009
3 de setembro de 2009
Transforme-me em sonho ou miragem
Veja-me assim, como lhe apraz...
Envolva-me em tua aura, enternecido
Carente, pungente, vivido...
Nessas tramas de nós dois... Sagaz...
Que não estranharei tal atitude
Vista-me e dispa-me ao teu bel prazer
Envolva-me em teu querer adormecido
Que nada mais me alegra do que ter vivido
A doce beleza de te conhecer...
1 de agosto de 2009
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ESTRELA DALVA
Mãe
Quantas coisas na vida busquei
Mas nela jamais encontrei
As respostas que me davas
Agora, volto ao passado
Ao meu tempo de menina
Em que por doce e linda sina
Lá também eu te encontrava
Lembro-me mãe
Da tua presença sempre forte
A indicar-me o sul ou norte
A estender-me a tua mão
E se meu corpo padecia
Em doença ou agonia
Era a tua companhia
Que a mim apaziguava
E hoje minha mãe querida
Por mãe também que sou
Enxergo então o ardor
Com que sempre me cuidavas
E me vem então o desejo
De pedir-te por perdão
Pelas vezes que não te ouvi
E segui meu coração
Colhendo frutos amargos
Das tuas palavras repetidas
Que tantas vezes nessa vida
Foram-me luz na escuridão!

Quisera eu eternizar meu tempo de criança
Para, pelo sempre, desse teu colo desfrutar
Porém, o tempo passou depressa, sem parar
Eu tive que crescer, mas guardo a lembrança
Como se fosse agora, renovando a aliança
Teus sábios conselhos em mim vêm ecoar
Tantas palavras tuas que ressoam pelo ar
São doces sussurros que renovam a esperança
De ter, meu pai, de volta, o tempo perdido
De reencontrar a paz do teu colo abrigo
Porém a vida me arrasta e sou machucada
Pelas farpas de um caminho tão sofrido
Que só anseio refazer o ninho prometido
E reaver a tua luz na minha estrada...
29 de janeiro de 2009

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Ana Barreto
Gosto da sua fome
Da sua falta de decência
De tirar minha inocência
Quando menos eu espero.
Gosto da tua mão atrevida
Me buscando pelos cantos
Descobrindo os encantos
Que nem eu conhecia.
Amo tua cara descarada
Teu sorriso atrevido
Teu total desvelo
Em me atender cada apelo
Mesmo aqueles que nem sonhei fazer.
Me delicia esse teu corpo quente
Que me põe louca, demente
Me tornando inebriada
E eu, não sendo mais senhora de mim,
Me deponho aos teus pés
Escrava que sou dos teus desejos
Viciada que sou em ti.